É cada vez mais comum ouvirmos alguém comentar que está deprimido ou que conhece alguém com depressão. Muitas vezes basta um amigo estar um pouco menos animado que de costume para ser chamado de deprimido. Na atualidade, a depressão é uma das doenças mais diagnosticadas no mundo. Com a popularização do termo, tornou-se praticamente um sinônimo de tristeza. Mas, cuidado com isso! Existem grandes diferenças entre depressão e tristeza.
A tristeza pode ser entendida como um sentimento natural gerado por um evento negativo e impactante na vida de alguém, como o falecimento de uma pessoa próxima, desemprego, separação, aposentadoria. Porém, é passageira e considerada saudável. O que não significa que seja algo que passará rapidamente por nossas vidas e, nem tampouco, que será fácil de lidar. Mas, apenas que, conforme os dias passam, essa dor tende a diminuir e aliviar dentro do peito.
Uma caraterística essencial é que, apesar de triste, a pessoa não se distancia completamente daqueles que estão a sua volta, geralmente ocorre o contrário, se aproxima delas para ter um apoio e conseguir superar suas dificuldades juntos.
Certamente a perda mais dura nas nossas vidas é o falecimento de uma pessoa querida, por esse motivo será o tema enfatizado ao longo do texto. O luto gera muita dor e sofrimento para o enlutado. Trata-se de um sentimento forte de tristeza, difícil de ser superado, porém que é inevitável e natural na vida de todos nós. É importante de ser vivido e faz parte do processo de crescimento e amadurecimento dos seres humanos.
Devemos sempre estar atentos aos nossos sentimentos. É importante que fiquemos tristes, que possamos chorar por uma perda. Isso nos alivia, promove um extravasamento dessa dor, e assim, aos poucos, a superação dela.
O que é depressão?
A depressão, por sua vez, é uma doença. Possui diversos graus de severidade, variando de leve, moderada à grave. Para que uma pessoa seja diagnosticada com esse transtorno, deve preencher critérios estabelecidos mundialmente de acordo com os sintomas e a periodicidade destes.
É caracterizada pelo retraimento e isolamento do paciente, assim como por uma falta de vontade de realizar suas tarefas diárias. Há uma dificuldade de concentração e um cansaço sem explicação. Alterações no sono e no apetite também podem estar presentes. O deprimido se distancia das pessoas queridas e apresenta um desânimo, aparentemente sem motivo, perante a vida. Diversos são os fatores para o desenvolvimento de uma depressão que variam entre genéticos, situações de forte stress, perdas importantes, doenças crônicas, cardíacas, internações hospitalares, entre outros.
O tratamento deve ser realizado mediante um acompanhamento multiprofissional composto de terapia com um psicólogo e de um médico psiquiatra. Já a tristeza costuma ser superada com a presença e apoio de um bom amigo ou de familiares.
Na depressão a rotina e diversos setores da vida tornam-se prejudicados. O deprimido não consegue ter ânimo de trabalhar e muitas vezes sequer de comer ou tomar banho. Dessa forma, sua vida se torna comprometida devido às faltas constantes no trabalho, assim como, à baixa de produtividade. Há um desinteresse nos relacionamentos afetivos e familiares, podendo gerar conflitos e até mesmo separações.
Já na tristeza, quando alguém está de luto, por exemplo, sofre muito e é comum ocorrer um distanciamento das atividades de lazer e sociais, porém não se verifica um isolamento completo daqueles que o cercam. Além disso, aos poucos o enlutado retorna ao trabalho e a suas tarefas diárias, com certo esforço, é verdade, mas também com alívio de poder produzir, ocupar e trabalhar um pouco sua mente.
Com o passar do tempo…
Não existe uma regra e nem um tempo específico para a superação de uma perda, mas a rotina do enlutado não é comprometida por causa dela. É possível voltar, com o passar do tempo, a fazer aquilo que é necessário, como trabalhar, conversar com outras pessoas e sorrir!
A falta que a perda promove estará sempre presente em nossas vidas, mas a dor e a angústia se tornarão, aos poucos, uma lembrança boa da pessoa que se foi.
Written by Viviane Lajter Segal all rights reserved.
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