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  • Marcela Pavan

Da alegria a irritação. Como lidar com as variações de humor cotidianas?


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Você já reparou em quantas variações de humor tem por dia? Mesmo não tendo nenhum transtorno psíquico podemos passar da alegria e boa disposição para a irritação e desânimo em questão de segundos.

Isso acontece porque vivemos e sentimos a influência dos fatores externos na nossa vida o tempo todo, podemos começar uma semana bem dispostos, fazendo uma boa alimentação, exercício, meditação, sairmos de casa prontos para começar a semana e logo na esquina receber uma fechada no trânsito, pronto, já é o suficiente para alterar o nosso ânimo.

Podemos perceber essas oscilações de humor claramente durante o dia ou não, o mais provável é não darmos atenção e seguirmos adiante preocupados com os afazeres seguintes. E não nos damos conta do quanto a irritação, do exemplo do trânsito, se junta a outros tipos de estresses e influencia o nosso trabalho, as nossas relações, a nossa vida. O resultado é que no final do dia o mal estar está instalado e não sabemos como reverter essa situação.

 Se eu pensar em tudo que me altera, não vou fazer mais nada.

Muitas vezes podemos perceber as variações de humor, mas não paramos para pensar nisso por medo de atrapalhar o restante do dia. Porém, prestar atenção na situação e, principalmente em como se sentiu, pode ajudar a evitar o ciclo do mal estar.

A proposta é perceber e encarar essas mudanças de humor de forma produtiva. Não adianta perceber e alimentar a raiva e indignação, ao contrário, isso só favorecerá o aumento do desconforto. Por outro lado, reconhecer o estado em que se encontra pode gerar uma sensação de alívio. Se quando não estamos bem e outra pessoa querida nos entende, reconhecendo nosso sentimento, isso nos reconforta, podemos também fazer isso com nós mesmos, assumindo o nosso estado e reconhecendo para si “ok, isso me deixou mesmo muito chateada”. O próximo passo é se perguntar “o que eu posso fazer para me equilibrar novamente?”

A resposta para essa pergunta é pessoal. Cada indivíduo possui em sua vida situações que o tranquiliza e é importante identificá-las para usar estrategicamente quando necessário. Algumas sugestões: se afastar da situação estressante quando possível, respirar profundamente e pausadamente ou beber água e só depois pensar no que fazer a respeito. Se nenhuma dessas opções for possível, tente se conectar com outras situações mais agradáveis como, pensar em algo bom que está para acontecer, pensar em pessoas queridas, se conectar com alguma crença espiritual. O importante é que cada um tenha em mente sua própria relação de experiências positivas.

No início pode parecer difícil, mas depois o processo vai ficando natural e se tornando um ótimo recurso para o dia a dia.

É bom lembrar que podemos passar por situações mais graves que podem realmente nos abater. Mas, a proposta aqui é a de criar mecanismos em relação aos estresses cotidianos e as variações de humor decorrentes disso.

O que eu ganho equilibrando meu estado de humor?

Os ganhos são muitos, inclusive para a saúde, pois o impacto negativo do estresse excessivo no organismo já é conhecido. Quando equilibramos o nosso humor e conectamos com coisas positivas evitamos sintomas como enxaquecas, dores no estômago, na barriga, etc.

Além disso, produzimos melhor, sem as dores físicas e as chateações, melhoramos a capacidade de realizar bem os nossos afazeres e nos sentimos satisfeitos quando concluímos as tarefas pretendidas.

As relações melhoram, não descontamos as irritações nas pessoas mais próximas e evitamos possíveis discussões e ressentimentos.

Quando não ficamos tão reféns dos acontecimentos cotidianos ganhamos mais autonomia sobre as nossas vidas, a autoestima cresce e conquistamos bem estar para os nossos dias.*Marcela Pimenta Pavan, psicóloga clínica, CRP 05/41841. Contato: marcelapimentapavan@gmail.com                 Atendimento clínico: Copacabana – R.J

Written by Marcela Pimenta Pavan all rights reserved.

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