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Marcela Pavan

Os relacionamentos nas redes sociais

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                                                                                                                           *Por: Viviane Lajter Segal

A vida está muito corrida! Os dias estão cada vez menores para que possamos realizar todas as tarefas que precisamos ou desejamos. Muitas horas têm sido perdidas no trânsito. As refeições estão mais rápidas e temos menos tempo para dormir e descansar.

A falta de tempo é um problema que acomete a maior parte da população mundial. Com isso, a interação entre as pessoas está cada vez mais virtual. O pouco tempo que se tem livre é um dos motivos que diminui ainda mais a disponibilidade das pessoas para saírem e se encontrar.

Aproximando pessoas

O mundo virtual é mais rápido, mais direto e imediato. Além disso, a todo momento um novo dispositivo de relacionamento virtual é criado, o que facilita e estimula esse tipo de interação social. Há uma variedade grande de meios de comunicação virtual, entre eles e-mail, redes sociais, torpedos, chat, mensagem de texto, blog e tantos outros.

Tais formas de relacionamento são importantes e facilitam a vida moderna e rápida a qual estamos inseridos. São capazes de diminuir distâncias entre pessoas que vivem longe. Aceleram a comunicação tanto no trabalho, quanto no campo pessoal. Geram oportunidades de reencontros, produzem menor gasto para os usuários e para as empresas. Globalizam o acesso a informações.

O grande número de pessoas que são facilmente acessadas mediante a internet permite que haja também um movimento politizado das redes sociais, que promovem uma mobilização de multidões em prol de uma causa. Acompanhamos isso tanto em passeatas contra a corrupção no Rio de Janeiro, como quedas de ditaduras em países árabes.

Além disso, escutei uma história que exemplifica outra vantagem dos dispositivos virtuais. Trata-se de um casal de brasileiros que vivem há anos na Itália. Pelo menos três vezes por semana eles se sentam a mesa de jantar com o computador ligado e “jantam” com seus familiares que moram em São Paulo. Nesse caso, o mundo virtual foi capaz de promover um reencontro e manter o contato entre pessoas queridas, mas que, por uma imposição geográfica, estão distantes fisicamente.

Mas, então, há algum problema?

Verifica-se que o contato físico entre as pessoas está diminuindo. Cada vez mais escutamos histórias de namoros, amizades, encontros, que duram por bastante tempo até que os componentes decidam se encontrar pessoalmente.

Inúmeras são as histórias de pessoas que se aproveitam da virtualidade para mentirem a respeito das suas informações pessoais, utilizando fotos falsas ou dados inverídicos para estimular o interesse e a curiosidade do outro. Com isso podemos pensar, até onde esse tipo de relacionamento pode ser considerado real?

Outro aspecto relevante é perceber até onde alguém transfere, de forma prejudicial, seus relacionamentos pessoais para os virtuais. Há alguns sinais que podem demonstrar essa tênue diferença.

O principal comportamento observado é uma diminuição da vida social, assim como a perda do interesse de realizar atividades que não sejam mediante um computador.

Por trás dos relacionamentos virtuais podem existir pessoas com dificuldades nas relações interpessoais, como uma timidez excessiva, medo ou insegurança de se expor ao outro. Por isso, a virtualidade se torna uma forma de refúgio.

Distanciando pessoas

Uma pesquisa recentemente publicada, realizada entre diversos países, verificou que a maioria dos jovens com até 30 anos de idade, principalmente brasileiros, preferem ter acesso à internet a namorar, ouvir música ou sair com amigos. (**)

Devemos, portanto, ter cuidado de como utilizar as ferramentas virtuais. As amizades e os relacionamentos afetivos não devem ser baseados exclusivamente na forma virtual. As pessoas precisam de contatos pessoais, como abraços, sorrisos, beijos, toques. A interação direta com o outro permite que os indivíduos se sintam pertencentes a algum grupo real. A ausência disso gera relações cada vez mais distantes, impessoais e solidão.

É dessa forma, presencial, que a nossa rede de apoio, geralmente formada pela família e amigos próximos, fornece suporte emocional para lidarmos com os problemas que surgem ao longo da vida. Assim, as pessoas sentem-se menos solitárias e sozinhas. Quem não gosta se sentir um abraço apertado de uma pessoa querida ou receber um colo quando passamos por alguma situação difícil?

A busca por um ponto de equilíbrio

Para tudo existe um equilíbrio! A vida virtual promove inúmeras recompensas, porém, não deve se tornar uma fuga para aumentar o distanciamento entre as pessoas e, consequentemente, exacerbar as dificuldades de cada um.

O importante é sabermos utilizar, a nosso favor, os benefícios que cada tipo de relacionamento promove, de modo que possamos viver mais plenamente e próximos daqueles que amamos.



*Por: Viviane Lajter Segal, psicóloga clínica CRP 05/41087. Consultório em Copacabana e Barra da Tijuca/ RJ. Contato: viviane@lajter.net

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