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Marcela Pavan

O estresse no ambiente de trabalho


                                                                                                                 * Por: Viviane Lajter Segal

O dia a dia está muito estressante e a vida profissional é um dos maiores responsáveis por isso. A pressa para tomar decisões, a cobrança da chefia para produzir e atingir metas, o excesso de carga horária, instalações desconfortáveis, viagens frequentes, problemas de relacionamento com colegas ou com a chefia, alta competitividade e necessidade de realizar cada vez mais cursos para se diferenciar no mercado. Esses são alguns dos fatores diários que podem contribuir para o desgaste emocional e físico.

O alto nível de estresse laboral pode acarretar importantes consequências psicológicas no trabalhador. Baixa na autoestima profissional unida a uma sensação de inadequação e de desqualificação e, dessa forma, menor energia para trabalhar. O aumento da ansiedade também é provável podendo desencadear, em casos mais sérios, quadros de pânico e fobias.

Quando o estresse se torna Burnout

Algumas pessoas podem desenvolver, ao longo do tempo e sem perceber, a síndrome de Burnout. Trata-se de um tipo de estresse ocupacional crônico que acomete, principalmente, profissionais que lidam diretamente no cuidado e relação emocional com seus clientes ou pacientes.

Pesquisas mostram que os profissionais mais acometidos por este transtorno são professores, enfermeiros, médicos e psicólogos. No Brasil é sinônimo da Síndrome do Esgotamento Profissional.

A diferenciação entre o estresse e a síndrome é sutil e, às vezes, difícil de ser realizada. Quando esse estresse profissional torna-se crônico, passa a gerar problemas na vida pessoal e profissional da pessoa e está associado a alterações psíquicas e comportamentais, enquanto que o estresse do dia a dia está mais relacionado a alterações físicas e passageiras.

Para a caracterização desse transtorno a pessoa deve apresentar três sintomas principais que são a exaustão emocional, que é um esgotamento que gera falta de interesse e força para realizar as tarefas; despersonalização, ou seja, momento em que o profissional passa a tratar as pessoas a sua volta (no ambiente laboral) de forma hostil, indiferente, ausente de afetos, como se fossem objetos; e diminuição da realização pessoal no trabalho, caracterizada por uma baixa na autoestima e insatisfação com seus resultados. A depressão costuma estar associada a esse quadro.

Possibilidades de diminuir o estresse

Reconhecendo a competitividade e a pressa do mundo atual, há uma corrente, dentro de muitas empresas, que tenta promover momentos de relaxamento ao seu funcionário no local de trabalho. Aulas de exercício, alongamentos, massagem. São várias as opções que podem ser utilizadas a auxiliar na diminuição da tensão física e emocional do dia a dia.

Buscar outras atividades, fora do ambiente laboral, também pode ser um grande aliado para o extravasamento do estresse. Dessa forma, a pessoa poderá chegar em casa mais relaxado para aproveitar, mesmo que por pouco tempo, o convívio familiar e os momentos de prazer da vida.

Estar sempre atento as suas próprias atitudes e emoções é um exercício interessante, pois promove um autoconhecimento que permitirá que você seja a primeira pessoa a perceber que algo está fora do seu equilíbrio e que é momento de dar uma pausa.

Trabalhar é uma parte importante na vida de todos. Promove sentimentos de satisfação e realização. Dá autonomia e liberdade, além da recompensa financeira que também é importante para uma vida mais tranquila.

É importante buscar um equilíbrio em todos os aspectos da vida, inclusive a profissional. É preciso saber qual o limite que cada um possui para a dedicação laboral sem permitir que isso prejudique sua saúde física e psíquica.

 FOTO: Morguefile – PhotoXpress

* Viviane Lajter Segal, CRP 05/41087, Psicóloga clínica. E-mail: viviane@lajter.net

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